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Uma Carreira Distinta

  • Foto do escritor: J. Lino
    J. Lino
  • 13 de dez. de 2023
  • 2 min de leitura

O presente artigo faz uma crítica social dos obtusos preconceitos, discriminação e abusos próprios dos "jogos" praticados no "campo do direito" e no "campo econômico" das grandes corporações, pela lente de Pierre Bourdieu e autores correlatos, complementando, assim, o estudo anterior, "Uma Pobreza Branca", ao permear a trajetória de sucesso de um advogado, por quase 40 anos, desde o ingresso na imponente e ditosa faculdade de Direito do Largo de São Francisco, até o ápice na posição de diretor jurídico de empresas globais.


Fazendo uso de uma arqueologia de mim mesmo, e preservando a necessária estranheza e afastamento possível dos fatos, parto dessa perspectiva de atuar como um “agente” infiltrado, um pesquisador inserido na própria experiência, para destacar a constância da “violência simbólica” nesses “jogos de lutas e forças” pelos “atos e Habitus” permeados nas “estruturas de esquemas e estratégias” dos diversos “capitais”, em especial o “capital econômico”.


E de todos os símbolos, é a “distinção” que se sobressai, como a forma mais sutil e aparentemente inofensiva, a fazer sucumbir os mais desatentos aprendizes de “dominantes” que a buscam inexoravelmente.


Da mesma forma, procuro demonstar a simetria perpendicular da “violência simbólica” associada ao assédio moral nas relações de trabalho, especialmente diante do balanço do que hoje é conhecido pela sigla "ESG" (Reponsabilidade Social, Ambiental e de Governança Corporativa), quando em pleno confronto com os objetivos sociais das empresas.


E concluo pela necessidade de uma ação mais “reflexiva”, como medida ética, para a superação da naturalidade com que se estabelece e se mantém a ordem opressiva do “poder simbólico” constituído de forma imanente no “campo jurídico” e no “campo das empresas globais”, em direção a uma sociedade mais justa, livre e equitativa.


Texto integral do artigo disponível em: https://www.academia.edu/110757866/UMA_CARREIRA_DISTINTA 


Pintura de Caspar David Friedrich, "Wanderer above the sea of fog".


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