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Labirinto do Eu

  • Foto do escritor: J. Lino
    J. Lino
  • 7 de dez. de 2023
  • 2 min de leitura

Quando o rei Minos, na Grécia antiga, depara-se com a grandeza repleta de estranhezas daquele que nasce de um presente dos deuses, feito homem, feito touro, chamado por isso Minotauro, resolve então aprisioná-lo em um labirinto. Afinal, o diferente quase sempre produz em nós um temor, uma ameaça, um risco de que nos entreguemos a ele, de que nos subjuguemos à sua audácia, à sua fortaleza, como tudo aquilo que invejamos, queremos, aspiramos, mas não conseguimos reconhecer. Esse é o outro que nos chega sem forma definida, muito surpreendente e poderoso. As vezes esse outro somos nós mesmos, uma parte de nós que se revela abrupta e inesperadamente. Por isso temos que aprisionar essa estranheza, reter escondida essa força, esse desejo reprimido. Contudo, o Minotauro sempre encontra uma saída e, no mito, ela é provocada pela filha do rei, que se apaixona pela estranha criatura. A filha é parte do rei, uma parte amada e querida, mas que tem vontade própria e que se lança destemida em sua busca, pretendendo acasalar-se com o objeto do seu desejo. É, assim, o próprio rei que se trasveste na filha para entregar-se ao que em realidade mais deseja. O Minotauro sempre vence e sempre nos rendemos a ele, ainda que aprisionado em labirintos da mente, ele vive. É melhor, por conta disso, buscar reconciliar-se com ele, conviver o Minotauro que há em nós e nos outros, antes que só reste a sua fúria de insano desejo.


A metodologia Esquética trabalha com essa perspectiva de reconciliação com as nossas estranhezas e as estranhezas alheias, por meio da Psicanálise, da Mentoria e da Consultoria Estratégica.


Comece agora a construir novos consensos sobre as estranhezas na direção da dignidade.




Foto de Sofia Bonati, da série "A-maze-ing girls", Instagram @soffronia.

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